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Written 3 days ago
Eu já tinha ouvido falar desse jogo há anos atrás, mas só agora em 2025 dei uma chance... e me surpreendi positivamente. Não se trata só de um "xadrez com armas" bem feito, mas também conta com toda uma sessão exclusiva para gerenciamento da base/operação que envolve decisões estratégicas de pesquisas e recursos, construção de instalações voltadas para melhorias variadas, defesa anti-aérea, entre outros... O início da campanha poderia te deixar perdido com todas essas coisas para pensar ao mesmo tempo, mas os primeiros passos são guiados na forma de tutorias sem tirar a sua liberdade, além de cobrir um pouco de tudo. É inevitável ficar um pouco perdido no começo, e a dificuldade não perdoa muito, mas pelo menos o jogo te permite gravar o progresso a qualquer momento (tanto em batalha, como na base). Esse recurso de gravação é essencial para completar a campanha pela primeira vez sem muita frustração.
Comentando a parte de batalha: você pode ter até 6 soldados sobre o seu comando, com classes distintas (sniper, pesado, suporte, etc..). É possível personalizar a roupa, todo o corpo, nome, voz, equipamento, etc... Cada classe tem habilidades específicias e só podem utilizar determinados tipos de armas, e cabe a você equilibrar a quantidade de soldados de cada uma delas no batalhão e fazer o melhor com o que cada um oferece nas diversas batalhas da campanha. Além disso eles ganham níveis conforme as batalhas são vencidas, e novas habilidades podem ser adicionadas (e são essenciais para finalizar a campanha). Mas existe um ponto crucial, que é mantê-los vivos, o que impacta diretamente no tempo que você vai terminar o jogo (ou se realmente vai terminá-lo). Se um soldado morre, você precisa contratar um novo que inicia do primeiro nível.
Existe uma variedade legal de classes de inimigos, que quando combinados no mesmo mapa podem se tornar um problema. Há também diferentes tipos de missões por mapa, e apesar de não serem tão diversas, conseguem adicionar um temperinho a mais na experiência de batalha.
Um ponto interessante desse jogo é o nível de pressão que ele coloca sobre o jogador na forma de "nível de pânico" dos países que suportam a iniciativa contra os aliens. Os países te fornecem recursos (dinheiro, cientistas, engenheiros, ...), e se você perde algum, não é possível recuperá-lo. Alguns momentos da campanha te obrigam a salvar um país ou outro, o que pode ocasionar o aumento do nível de pânico no que não foi escolhido (ou mesmo a perda). Então um dos principais desafios, principalmente no início, é estabilizar o pânico em todos os países.
Em geral os gráficos ainda estão legais para 2025, apesar de datados, e não chegaram a me encomodar. O nível de dificuldade da CPU foi bem trabalhado e é equilibrado na maior parte do tempo. Os principais bugs/problemas que percebi foram tiros que passam por dentro de objetos dependendo do angulo do soldado, e a performance do movimento de um inimigo específico (Berserker).
XCOM é aquele tipo de jogo que você perde horas da sua vida sem perceber, e fica sempre com aquele sentimento do tipo "só vou mexer mais nisso aqui e paro por hoje", e vai se arrastando. Só comecei a enjoar um pouco mais para o fim da campanha, e levei cerca de 28 horas para finaliza-la.
Completei a campanha em um sistema Linux utilizando o SteamPlay (Proton 9.0-4) sem problemas.